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Doutrina 7: Capítulos 9 & 10

Doutrina do dia 13 de Junho de 2015.

Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)

Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca (que quer dizer: aquele que persiste na rebeldia), será condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenação ao fogo do inferno. (S. MATEUS, 5:21 e 22.)

 

Jesus faz da brandura, da moderação, da afabilidade e da paciência uma lei e por conseguinte, condena a violência, a cólera e até toda expressão descortês que se use contra o seu semelhante. Novamente (como explicamos na última doutrina) a intenção do gesto, agrava ou atenua a falta. Porque uma simples palavra pode merecer tão severo castigo (o de ser condenado ao fogo do inferno)? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve ser mantido entre os homens e manter a concórdia e a união. É que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade. É que entretém o ódio e a animosidade.

Uma coisa importante para lembrarmos é que uma vez a palavra proferida, não tem jeito de voltar atrás. Voce já falou, e mesmo que a intenção não fosse aquela, pode ser que você já tenha magoado alguém e mesmo que se desculpe, aquela mácula permanece e só o tempo pode apagar. Por isso devemos pensar antes de dizer alguma coisa, que isso é difícil todos sabemos, mas se fosse fácil a gente não precisava estar aqui!

Outro aspecto a ser notado sobre esse assunto é que mesmo que a doçura e a afabilidade saiam dos lábios de uma pessoa, de nada adiantará se as palavras não vierem do coração, por que senão só existe a hipocrisia, como podemos bem atestar a cada eleição que passamos.

A doutrina de Jesus ensina a obediência e a resignação. Essas duas virtudes são muitas vezes confundidas com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão porque deveríamos obedecer a quem confiamos e amamos, mas é fundamental que saibamos porque estamos obedecendo, porque estamos fazendo ou deixando de fazer tal coisa. A resignação é o consentimento do coração, porque quando entendemos os motivos que antecedem as coisas que nos acontecem é muito mais fácil aceitar e seguir em frente.

A gente gostaria de falar um pouco agora não só das qualidade que devemos ter, mas dos defeitos que nos atrasam e nos distanciam de Deus: o orgulho e a raiva. O orgulho a que nos referimos, nao se trata da admiração que sentimos pelos nossos filhos, ou quando nós mesmos conquistamos alguma coisa com o nosso esforço; mas do orgulho que nos impede de ver a real consequência dos nossos atos, aquele orgulho que nos impede de pedir desculpas mesmo quando estamos certos. Esse tipo de sentimento, tanto o orgulho como a raiva, são uma cortina pesada que veda a nossa visão e evita que possamos pensar em como nós nos comportamos e como devemos ou deveríamos nos comportar. Devemos ter a clareza se que só continuamos nos comportando mal, porque queremos, porque aquele que quer corrigir-se sempre consegue, de outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso.

Bem-aventurados os que são misericordiosos.

Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (S. MATEUS, 5:7.)

Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; – mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (S. MATEUS, 6:14 e 15.)

A misericórdia é o complemento da brandura. Quem não é misericordioso não consegue ser brando e pacífico. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação nem grandeza. A misericórdia consiste no esquecimento e no perdão das ofensas, isso sim, é próprio da alma elevada. O ódio e o rancor são sempre ansiosos, sombrios e cheios de fel. A misericórdia e a brandura são sempre calmas, mansas e cheias de caridade. Aquele que diz nunca perdoarei, se não for condenado pelos homens, será pela lei divina. Por que aquele que não perdoa, não pode esperar que receba o perdão de Deus.

 

Isso posto, por que vocês acham que Jesus recomendou que nos reconciliamos com os nossos adversários? Por que a prática do perdão deve ser feita sem medidas ou preceitos. Por que o perdão possui dois efeitos: um efeito moral e um efeito material. Como já discutimos aqui a morte não nos livra dos nossos inimigos, porque sabemos da vida futura. Alguns espíritos com sentimentos vingativos podem continuar perseguindo, muitas vezes com ódio, aqueles contra os quais guardam rancor.

 

Como vocês acham que acontecem os casos de obsessão? Quase sempre, os seres encarnados que sofrem a obsessão são vítimas de uma vingan­ça, cujo motivo se encontra em existências anteriores. E porque vocês acham que Deus permite isso? Bem, vocês devem lembrar que Deus é infinitamente justo e bom, e como consequência disso, ele não permitiria que o encarnado fosse obsidiado se o perdão, a indulgência e a caridade entre as partes tivesse acontecido ainda na vida anterior, quando ainda estavam encarnados. Esses casos possuem um efeito material, porque afetam o indivíduo obsidiado de várias maneiras, inclusive e principalmente nesse nosso plano material. Por exemplo, o obsessor pode fazer com que o obsidiado perca uma oportunidades de trabalho ou até o próprio emprego. Por isso se faz muito importante que do ponto de vista da tranquilidade futura que cada um de nós repare os agravos que tenhamos causado ao nosso próximo, que perdoemos os nossos inimigos, não só para apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência, mas para que não prossigam para as existências futuras.

Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o teu irmão. –Então, Pedro aproximou-se e disse-lhe: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?” –Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (S. MATEUS 18:15, 21 e 22.)

 

Ainda dentro desse assunto o que pensar das pessoas que dizem: Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Como pode alguém querer dizer ou mostrar o caminho apenas com palavras e não com atitudes? Seria o mesmo que as pessoas que apontam os defeitos do próximo e não tem a humildade de identificar os seus próprios. Por exemplo, como podemos achar um absurdo o preconceito nos outros e não conseguimos tratar ou sequer identificar os nossos próprios? Devemos nos lembrar que sempre que apontamos um dedo para alguém, temos 3 dedos apontados para nós mesmo.

 

E com base nisso que Jesus disse:

Não julgueis, a fim de não serdes julgados; – porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que vos tenhais servido para com os outros. (S. MATEUS, 7:1 e 2.)

E disse Ele também:

“Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.”(S. João, 8:7)

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