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Doutrina 5: Capítulos 6 & 7

Doutrina do dia 30 de Maio de 2015.

O Cristo Consolador.

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, 11:28 a 30.)

Essas frases tocam o âmago de quem se sabe ainda muito imperfeito, sofrendo os percalços dessa imperfeição. Elas nos convidam à confiança em Deus que consola os humildes e dá força aos aflitos que lhe pedem.

 

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de entes amados, encontram consolação na fé no futuro, na confiança da justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança consegue abrandar o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”

 

Entretanto, a felicidade e a ajuda que Cristo promete aos aflitos depende de uma condição. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é como nos mantemos obedientes a essa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade. Jugo significa vínculo de submissão; preito de obediência; domínio moral; autoridade. Ou seja, o jugo referido por Jesus é a observância da lei divina que Ele trouxe, que uma vez entendida, aceita e exercitada, estabelece um vínculo de submissão e obediência a Deus.

 

Jesus prometeu um consolador, esse consolador foi chamado de O Espírito de Verdade e encontra-se na seguinte passagem:

 

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, 14:15 a 17 e 26.)

 

Nós já dissemos aqui em doutrinas anteriores que o Cristo não podia dizer toda a verdade na época por que o povo não estava preparado para ouvir. E também dissemos que o espiritismo não veio mudar a lei mas sim explicá-la e difundi-la. O Consolador a que Jesus se refere era o próprio espiritismo.

 

O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: quem comanda a sua difusão é o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.

 

Bem aventurados os Pobres de Espírito.

 

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, 5:3.)

 

Por essa ocasião, os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: “Quem é o maior no reino dos céus?” – Jesus, chamando a si um menino, o colocou no meio deles e respondeu: “Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus. – Aquele, portanto, que se humilhar e se tornar pequeno como esta criança será o maior no reino dos céus – e aquele que recebe em meu nome a uma criança, tal como acabo de dizer, é a mim mesmo que recebe.” (S. MATEUS, 18:1 a 5.)

 

Jesus, porém, chamou-os e disse: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos.” (S. MATEUS, 20:25 a 28.)

 

Pois todo aquele que se exalta será humilhado e todo aquele que se humilha será exaltado.” (S. Lucas, 14:11.)

 

Essas 4 passagens contém um ensinamento semelhante a respeito de humildade que Jesus não cansa de apresentar como condição essencial da felicidade na vida futura.

 

O espiritismo nos ensina que as únicas coisas que levamos conosco quando morremos são as nossas virtudes, ao passo que muitas pessoas se surpreendem quando descobrem que não podem levar para a vida futura a riqueza, os títulos, a glória. Essas pessoas quando chegam ao outro lado privados de tudo que era importante para elas, conservam apenas o orgulho, e que ainda mais humilhante para eles é ver colocados acima de si próprios e resplandecentes de glória os que eles espezinharam aqui na Terra.

 

Por isso Cristo afirma que não devemos buscar os primeiros lugares, nem nos colocar acima dos outros, mas ao contrário, buscar o lugar mais humilde e mais modesto, que Deus saberá dar um lugar mais elevado no céu, se você assim o merecer. O orgulho é terrível adversário da humildade. Se faz necessário lembrar que Deus nos criou iguais. Quando tiramos as roupas e nos despimos de nossas riquezas terrenas, o que nos resta? A certeza que somos todos da mesma espécie. Homens e mulheres, somos todos iguais perante o Criador.

 

Não estamos querendo dizer que você deve se vestir da maneira mais humilde possível e morar na menor casa que você conseguir encontrar. Quase todos esses ensinamentos estão se referindo a como nós devemos nos comportar. A humildade e a caridade são virtudes irmãs que podemos aprender aos poucos e com o tempo passamos incluí-las e a vive-las no dia a dia.

 

Os mais incrédulos não entendem porque os Espíritos simplesmente não se esforçam para os convencer e a razão é que eles preferencialmente cuidam dos que os procuram de boa fé e humildade. Daí você poderia pensar: ‘não poderia Deus simplesmente tocar os incrédulos para que eles se dobrem?’ Com toda a certeza, mas que mérito teriam eles? E como isso seria justo com os que acreditam e usam a fé a seu favor? Toda a criação divina está a nossa volta e é dado a todos nós o potencial para senti-la. Dos incrédulos é dito que o orgulho é a catarata que lhes cobre a visão.

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