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Doutrina 4: Capítulo 5

Doutrina do dia 23 de Maio de 2015.

Bem Aventurados os Aflitos

 

  • Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. – Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. – Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (MATEUS, 5:4, 6 e 10.).

  • Bem-aventurados os que são pobres, pois será deles o Reino dos Céus. Bem-aventurados os que tem fome, pois serão saciados. São felizes, os que choram agora, pois irão rir. (Lucas, 6:20 e 21).

  • Mas ai de vocês, ricos, que têm sua consolação no mundo. Ai de vocês, que estão saciados, pois terão fome. Ai de vocês que estão rindo agora, porque irão gemer e chorar. (Lucas, 6:24 e 25)

 

 

 

  Justiça das Aflições: -Todas as compensações que Jesus prometeu aos filhos da Terra, somente poderão ser desfrutadas na vida futura, ou seja, no reino dos Céus. Sem a idéia de vida futura, nenhum ensinamento de Cristo teria sentido.

 

  Hoje vamos tentar responder à algumas perguntas que podem aparecer na cabeça de qualquer um e que foram respondidas por Jesus quando ele disse – “Bem aventurados os aflitos.”

 

  As perguntas são:

Por que uns sofrem mais do que os outros?

Por que nascem uns em ambiente de extrema miséria sem oportunidade de uma vida digna e outros nascem na riqueza com todas as oportunidades nas mãos?

Por que uns se esforçam e nada conseguem, ao passo que para outros tudo parece ser possível?

Sendo Deus infinitamente Bom e Justo, por que as diferenças?

 

  Uma das grandes questões existenciais da humanidade sempre foi nosso desejo de compreender o porquê do sofrimento. Pelo desconhecimento de suas causas, milhões de pessoas se revoltam, se desesperam, entram em depressão, tem medo e tantos outros sentimentos negativos.

 

  Mas admitindo-se a existência de Deus, e sendo Ele soberanamente justo e bom, a causa Dele também será justa. Deus mostra através do espiritismo que somente as existências anteriores podem explicar as desigualdades.

 

  Fomos criados por Deus para a felicidade completa, no entanto, só a conheceremos quando chegarmos à perfeição; e para que isso ocorra necessitamos das várias e sucessivas experiências encarnatórias, através das quais vamos nos depurando, vamos reajustando o espírito, reajuste este que se dá por meio das provas, expiações, sofrimentos, as dores e o mais importante, da forma pela qual os vivenciamos.

 

  Dissemos em doutrinas passadas que o reino de Deus possui várias moradas, o quanto cada indivíduo é mais evoluído do que outro e também que a Terra é um planeta de expiações. Com isso explicado, seria lógico pensar que as provas pelas quais as pessoas tem que passar sejam diferentes, já que uns são mais adiantadas do que outros.

 

  “Bem aventurados os aflitos..”, não se referia de modo geral aos que sofrem, já que todos nós sofremos, embora de maneiras diferentes. Cristo referia-se à maneira como aceitamos as nossas provas, como lidamos com os atropelos da vida. Deus não consola à quem não tem coragem, e por isso o desânimo é considerada uma falta. A prece é uma ferramenta poderosa de apoio à alma, mas não é o bastante, é necessário ter como base uma fé viva na bondade de Deus. Uma explicação que encontramos dada por um espírito para “Bem aventurados os aflitos, pois serão consolados” é: “Bem aventurados os que tem ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, porque depois do labor virá o repouso.”

 

  Causas atuais e anteriores das aflições: - Duas são as origens dos problemas humanos. Uma dessa vida e outra de vidas passadas. Normalmente a grande maioria das aflições são causadas pelas próprias pessoas sofredoras através de nossos pensamentos, impaciência, falta de limites, respeito e ingratidão. Ou seja, tudo aquilo que vibramos é o que recebemos de volta.

 

  A experiência através do sofrimento faz com que a gente perceba a diferença entre o bem e o mal. Serve também de alerta para a necessidade de melhora e evitar novos erros. E mesmo após o desencarne, o espírito recebe uma nova oportunidade para recomeçar e aproveitar a experiência do passado para construir um futuro melhor.

 

  Aquele que nasce com alguma deformidade ou doença, aquele recém-nato que fez a passagem de maneira repentina, certamente não fizeram nada nesta vida para merecer esta situação, mas devemos lembrar sempre do princípio de que todo efeito tem uma causa, e, admitindo-se que Deus é justo, é óbvio que esta causa também é justa. A causa sempre vem antes do efeito, e, sendo assim, a causa não está na vida atual!

 

  Não há nenhum erro ou ação que passe despercebido aos olhos de Deus.

 

  O espírito só alcançará a felicidade completa quando se tornar puro. Com o ciclo sucessivo de reencarnações, o espírito vai se “purificando”. Aceitar o sofrimento com resignação, sem lamentações, certamente será muito proveitoso para o desenvolvimento do espírito.

 

  Mas voce pode pensar que ninguém seria o causador de seu próprio sofrimento voluntariamente, que lógica teria nisso se fomos criados para a felicidade plena? Daremos um exemplo: Quando alguém mata, rouba ou faz alguma coisa errada perante a sociedade, vai presa; teoricamente falando, essa pessoa tem coinciência de que fez uma coisa errada e “aceita” a pena imposta e aprende com os seus erros. Deus sendo infinitamente misericordioso não deixa nenhum erro passar sem ser pago para que seus filhos aprendam com os seus erros. Quantas vezes voces já não disseram que se tivesse feito tal coisa de outra maneira os resultados poderiam ser melhores? As vezes o tempo que temos nessa vida presente não é suficiente para tentarmos um novo caminho ou nos arrempendermos de algum ato praticado, e por isso Deus permite que tentemos de novo em uma nova vida.

 

  Já pensaram se fossemos considerados culpados da primeira falta e não fosse dada a chance de reparação? Mas gostaríamos de enfatizar que nem todos os males são concequência de faltas a serem pagas. Acontece também de alguns espíritos escolherem passar por essas provas para se depurar e ativar o seu progresso. Assim, toda expiação é uma prova, mas nem toda prova é uma expiação.

 

  Esquecimento do passado: -O espírito não precisa se lembrar das vidas anteriores e caso lembrasse, provavelmente isso seria prejudicial para nossa evolução. Imagine encontrar com uma pessoa que, por exemplo, sabemos que tirou a nossa vida em uma existência anterior? Certamente isso dificultaria o nosso livre-arbítrio e seria mais um fator de desequilíbrio em nossa vida. Normalmente esse espírito renasce no meio onde já viveu e mantém relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que tenham feito um ao outro. O esquecimento ocorre somente enquanto estamos encarnados, depois que retornamos à espiritualidade, gradualmente vamos readquirindo as lembranças.

 

  Motivos de resignação: -Por estas palavras: “bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados”, Jesus refere-se à recompensa que terão aqueles que sofrem de maneira resignada, pois compreendem que o sofrimento está ligado a erros que cometeram em outras vidas. Sofrer de forma resignada é sempre o início da cura.

 

  O sofrimento é uma benção para a correção de erros passados e uma maneira de “saldar nossos débitos com a justiça de Deus”. As dores suportadas pacientemente na Terra nos pouparão de séculos de sofrimento na vida futura. A partir do momento que o homem entende que a vida eterna está na espiritualidade, ele entenderá que o sofrimento aqui será passageiro e rápido diante da eternidade da vida!

 

  E o que dizer então dos suicídas? O que pode levar a uma pessoa a encurtar o seu próprio tempo na terra se não a certeza de que nada existe após a morte? A certeza que com o suicídio ao invés de estar trocando um mal por um mal ainda maior, estará encurtando o seu sofrimento e se libertando das mazelas que o afligem. Não entraremos aqui na situação em que se encontram os suicídas quando chegam na espíritualidade, mas podem ter certeza que não é agradável. Vamos apenas mencionar que, depois do que foi falado aqui, o espírita sabe que seu sofrimento não é eterno e com isso se enche de paciência e resignação e consegue esperar por tempos melhores, mesmo sabendo que esses tempos podem vir em outras vidas. O suicídio vai de encontro à tudo o que Deus determinou para os humanos e é a maior falta / erro que uma pessoa pode cometer.

 

  Mas não pensem que com isso estão os espíritos dizendo para que não tentem abrandar os seus sofrimentos. Aceitá-los sem mal dizer ao próximo, não quer dizer que vc não possa diminuí-los e até eliminá-los de sua vida. Por exemplo: se vc tem um trabalho que te deixa infeliz, não permane­ça nesse emprego, procure um emprego melhor e tenha em mente sempre que Deus quer que a gente seja feliz.

 

  Então por essas palavras – “Bem aventurados os aflitos” – a idéia é que os seres humanos não se revoltem pelo fato de estarem passando por privações, por que pode ter a certeza que vai ser recompensado, se não nesta vida, na próxima ou até mesmo quando estiver na espiritualidade. E com a certeza de que o sofrimento é para seu próprio benefício, agradece aos céus as aflições que o fazem progredir. Dessa forma as coisas mundanas passam a não ter valor, as pessoas passam a se contentar com o que tem, sem invejar aos outros.

 

  É importante lembrar que apesar de estarmos aqui em provas de sofrimento para aprendermos, temos a obrigação de não só atenuá-las para si próprio como também para o próximo. Que sejamos sempre um instrumento de paz!

 

  A gente tem que se habituar a não censurar o que não compreende e crer que Deus é infinitamente justo em todas as coisas.

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