TEUJ - Tenda Espírita
Unidos por Jesus
Doutrina 3: Capítulo 4
Doutrina do dia 16 de Maio de 2015.
Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo
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Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus – que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: “Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.” - Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.”
Disse-lhe Nicodemos: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?” Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. – O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. – Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. – O vento sopra onde quer e ouves a sua voz mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.” (Joao 3:1 – 8).
Na última doutrina explicamos que o reino de Jesus era o mundo espiritual. Título: Meu reino não é deste mundo.
Neste capítulo do Evangelho, o assunto em questão refere-se a reencarnação.
A idéia da reencarnação é muito antiga e já fazia parte dos dogmas judaicos (lembrando que dogma é a verdade absoluta), porém com o nome de ressureição.
A ressureição é o retorno à vida de um corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, uma vez que todos os elementos que compõem esta matéria já estão dissipados na natureza. A reencarnação é o retorno do Espírito à vida corporal, mas em outro corpo. Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo, ou seja, ninguém poderá chegar a uma situação melhor dentro da espiritualidade, se não for através das sucessivas reencarnações (nascer de novo). Cada retorno ao corpo físico significa uma nova existência e uma nova oportunidade de progresso para o espírito. Como bem disse Chico Xavier, temos a infinita benção do recomeço. Assim como os povos da antiguidade, nós também ainda não temos desenvolvimento suficiente para entendermos o porquê de passarmos por algumas “provações” em nossas vidas, muitas vezes nos questionamos se merecemos todo “o sofrimento” que estamos passando.
Mas façamos uma comparação simples para ajudar no entendimento: um estudante somente chega na faculdade depois de passar por todas as séries que o conduzem até lá. Essas séries, por mais trabalho que deem ao aluno, sempre são um meio para chegar lá e nunca uma punição. O estudante mais esforçado consegue encurtar a sua caminhada e o estudante negligente e preguiçoso se obriga a repetir algumas séries até atingir seu objetivo. A punição não está no estudo, mas na obrigação de fazer tudo de novo.
Explicando isso um pouco melhor: não existem limites para as reencarnações. Isso vai depender do desenvolvimento espiritual de cada pessoa. Assim como alguns alunos ficam reprovados e precisam fazer aquela série de novo, algumas pessoas precisam reencarnar para que aqueles valores e aprendizados sejam realmente fixados.
Sendo Deus soberanamente justo Ele tem de distribuir tudo igualmente por todos os filhos. E por isso todos nós começamos do mesmo ponto de partida (quem nunca ouviu que ninguém nasce sabendo?), recebemos as mesmas aptidões, ou seja, somos todos capazes de realizar o que quer que seja, todos temos capacidades iguais, com a diferença de que alguns pontos são mais desenvolvidos em uns do que em outros, mas todos temos a capacidade de alcançar os mesmos objetivos, e por essa razão recebemos as mesmas obrigações a cumprir e as mesma liberdade de proceder, ou seja, todos possuímos o livre arbítrio e somos responssáveis por nossas decisões.
A reencarnação fortalece os laços de família. No espaço, os espíritos formam grupos ou famílias que se unem pela simpatia e afeição. O nosso centro é um exemplo disso, somos unidos pela simpatia, afeição, propósitos. Mas Deus também permite a encarnação de espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias. A gente diz que uma pessoa não é da família quando o caráter, gosto ou inclinações não tem nenhuma afinidade com seus parentes. Isso acontece com duplo objetivo: - para que o espírito estranho sirva de prova para todos aqueles que precisem conviver com ele (como por exemplo para exercitar a paciência)- para que este espírito encontre na família que o recebeu, um meio de adiantar-se espiritualmente. Os maus melhoram-se pouco a pouco convivendo com os bons e pelos cuidados deles recebidos.
Mensagem final:
NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO
ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. HOJE, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. HOJE, temo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.
ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.
ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência. HOJE, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Da obra: Amor e Vida em Família. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 1995.