TEUJ - Tenda Espírita
Unidos por Jesus
Doutrina 1: Introdução / Capítulo 1
Doutrina do dia 11 de Abril de 2015.
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Os assuntos contidos nos Evangelhos, isto é, no Novo Testamento, podem ser divididos em cinco partes:
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Os atos comuns da vida de Cristo
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Os milagres
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As predições
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As palavras que serviram para estabelecer os dogmas da Igreja
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O ensinamento moral
Se as quatro primeiras tem sido objeto de discussões, o ensinamento moral permanece inatacável e, diante dele, até mesmo os mais incrédulos se curvam.
O ensinamento moral nunca foi motivo de disputas religiosas, como acontece com as questões de dogma.
*Dogma: verdade indiscutível, fé se sobrepõe à razão, devem ser aceitos e seguidos.
Passagem de Mateus, 5:17 e 18
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Jesus disse: “ Não pensem que Eu vim destruir a Lei ou desmentir o que os Profetas disseram. Não vim destruí-los, mas vim para dar cumprimento às Leis de Deus. Em verdade, Eu digo a vocês que o Céu e a Terra não passarão antes que tudo que está na Lei seja totalmente cumprido”
*Profetas: Nos tempos de Jesus, Profetas eram todos aqueles que falavam em nome de Deus. Eram os porta-vozes da Espiritualidade. Por exemplo: Isaías, Ezequiel, Daniel, entre outros. O povo também considerava Jesus um Profeta.
*O Céu e a Terra não passarão: O Mundo Espiritual (Céu) e o Muno Material (Terra) não se tornarão melhores enquanto os homens e os Espíritos não evoluírem, agindo em perfeita harmonia e seguindo as Leis de Deus.
As instruções dos Espíritos são as verdadeiras vozes do Céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à pratica do Evangelho.
A lei do Antigo Testamento teve Moisés em sua personificação. A do Novo Testamento teve Cristo, e o Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem nenhum indivíduo para personificá-la, porque é fruto de um trabalho coletivo, formado pelo conjunto de seres do mundo espiritual.
Deus enviou Moisés à Terra em missão para torná-lo conhecido por todos os povos.
No Antigo Testamento, Moisés incluiu dois tipos de lei distintas. A Lei de Deus (que não muda) e a Lei dos Homens (adaptada para a vida em sua época).
A Lei de Deus foi composta pelos 10 mandamentos, dentre os quais “não matarás” e “não desejarás a mulher do próximo”. A Lei dos Homens foram 613 mandamentos, tais como “não odiar um judeu” e “não arrancar os cabelos de um morto”.
Os mandamentos de Deus, dados a Moisés, contém o início do que podemos chamar de moral cristã.
O Cristo não veio destruir a Lei de Deus, mas sim cumpri-la, desenvolvê-la e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens de sua época.
A Lei dos Homens sim foi modificada, para que essas idéias fossem melhor representadas para as pessoas da época, na tentativa de combater os abusos e as falsas interpretações. Mas mesmo assim, o povo ainda não estava preparado (espiritualmente e moralmente) para todo o ensinamento que Cristo poderia passar, por isso o Novo Testamento é tão cheio de parábolas e de pontos obscuros, com mais de uma interpretação possível.
Cristo foi o iniciador da moral evangélico-cristã, para aproximar os homens e torná-los irmãos (Amai-vos uns aos outros como eu vos amei), para estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum, com força para transformar a Terra e torná-la morada de espíritos superiores aos que hoje a habitam.
O Espiritismo também não vem destruir a Lei Cristã, já que não ensina nada em contrário ao que ensinou Cristo, mas fazer com que seja desenvolvida, complementada e entendida em termos claros e para toda gente da nossa época.
O Espiritismo é de ordem divina, pois se assenta nas próprias leis da natureza, e por isso, tem um grande objetivo. O objetivo de elevar toda a humanidade, trazer uma evolução moral para os homens, guiar a Terra para novos tempos de paz e amor.
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, o que não tem começo e nem fim, é infinito em suas perfeições.
Outra definição de Deus, ainda que incompleta, seria: Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom.
E é por essa definição de soberanamente justo e bom que o Espiritismo é baseado.
Os espíritos superiores agem com extrema prudência e sabedoria quando é necessário fazer uma revelação. Eles só abordam as grandes questões da Doutrina Espírita de forma lenta e gradual, quando entendem que a inteligência do homem está apta a compreender as verdades de uma nova idéia que será revelada.
É por isso que, desde o princípio, eles não disseram tudo e continuam sendo prudentes até hoje, não cedendo à impaciência dos apressados que querem colher os frutos antes que estejam maduros.
Portanto, é inútil querer antecipar o tempo marcado pela Providência para que as coisas aconteçam. Os espíritos verdadeiramente sérios ignoram esse apelo, enquanto os espíritos levianos, por não terem nenhum compromisso com a verdade, se dispõem a tudo responder. É por esta razão que sobre todas as questões prematuras, sempre haverá respostas contraditórias.
Mensagem final:
Os Espíritos de Deus, são como um imenso exército que se põe em marcha ao receber a ordem de comando, espalham-se por toda a face da Terra e, semelhante às estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos dos que não enxergam.
Em verdade, eu digo: é chegado o tempo em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As vozes dos espíritos superiores ressoam como o som da trombeta e os cânticos dos anjos associam-se a elas.
Homens, sejam bem-vindos ao Divino concerto. Toquem a lira com suas mãos, unam suas vozes num hino sagrado e que esse hino seja escutado de um lado a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, estamos sempre junto a vocês. Amem-se também uns aos outros e digam, do fundo de seus corações, fazendo a vontade do Pai que estás no Céu: Senhor! Senhor! E poderão entrar no Reino dos Céus.
O Espírito da Verdade