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O animismo é uma dificuldade encontrada por todos os médiums. O texto a seguir foi retirado da internet e adaptado aos ensinamentos do nosso centro.
  • O conceito

O animismo é a comunicação da própria alma do médium. Em todas as comunicações mediúnicas é necessário leva rem consideração o fator anímico.

Todos os médiums possuem problemas anímicos, ou seja, dificuldades provenientes do seu próprio Espírito e personalidade. É comum que essas anormalidades emocionais ou psicológicas aflorem durante o transe mediúnico. A alma do medium também pode comunicar-se, comportando-se como se fosse uma outra entidade espiritual. O animismo também pode ser considerado a influência que a alma do médium exerce sobre as comunicações dos Espíritos.

  • O fenômeno

O animismo, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos de Além-Túmulo. Tendo neste caso manisfetado apenas os seus próprios conhecimentos que se encontravam latentes no inconsciente.

Assim, em determinada comunicação mediúnica, é possível que a alma do médium intervenha com exclusividade, tendo ele manifestado inconscientemente apenas os seus próprios conhecimentos e conceitos pessoais. A interferência anímica inconsciente, por vezes é tão sutil, que o médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento interferiu ou quando é a entidade comunicante que transmite suas idéias.

Mas tem que se levar em conta, que isso não é um problema e muitas vezes é utilizado pela própria entidade à seu favor, ou seja, utiliza os conhecimentos do médium na consulta.

  • A mecânica

Quando a pessoa entra em transe o seu perispírito se desprende e adquire as propriedades mentais iguais as do perispírito de um desencarnado, ou seja, o inconsciente fica com atuação menos intensa ou deixa de existir e os conhecimentos adquiridos em outras encarnações passam a ser lembrados. Podendo neste caso manifestar os seus próprios conhecimentos que se encontravam latentes no inconsciente, esta manifestação da própria alma chamamos de animismo.

  • A causa

A causa encontra-se nas propriedades do perispírito que pode desdobrar-se e atuar fora do corpo físico.

O animismo demonstra que pela capacidade de desdobramento do perispírito, a alma do encarnado pode realizar – embora não tão bem – o que realiza um Espírito desencarnado,

obedecendo à algumas regras.

  • Desenvolvimento mediúnico

Um dos fatores que mais preocupam os médiuns iniciantes é o animismo. Como estão começando é natural que sintam insegurança quanto à atividade que vão desenvolver.

O animismo costuma apresentar-se intenso em quase todos os principiantes. Depois com o passar do tempo, sua influência nas comunicações cai para níveis aceitáveis, mas sempre existirá, salvo alguns casos específicos.

  • Dificuldades do médium

O médium é criatura demasiadamente sensitiva, centro de convergência de inúmeros fenômenos do mundo oculto de que participa, mas que em geral ignora.

É a porta entreaberta entre os planos físico e espiritual e dificilmente ele distingue, no limiar do transe psíquico, quando é a sua emotividade, a sua formação intelectual ou o seu temperamento psicológico que o domina nesse momento.

  • Distinção das comunicações

O médium, tendo consciência do que fala ou escreve, é naturalmente levado a duvidar da sua faculdade: não sabe se a vontade de falar ou escrever é dele mesmo ou de outro Espírito, mas ele não deve, absolutamente, inquietar-se com isso e deve prosseguir apesar da dúvida.

Nessa convivência entre encarnados e desencarnados, a influência é tão sutil que não conseguimos muitas vezes estabelecer uma separação do que nos é próprio e do que é dos espíritos.

Portanto, ante nossas idéias e imagens mentais podem estar disseminadas idéias e desejos de outros espíritos, sem que disto nos apercebamos. Somente quando conhecemos nossos pensamentos e sentimentos saberemos distinguir quando a diferença do que é nosso ou de outra pessoa e ou espíritos.

  • As intuições

A intermitência por vezes ocorre na comunicação do médium, visto que em certo momento os seus guias o deixam “falar sozinho”, obrigando-o assim a mobilizar urgentemente os seus próprios recursos intelectuais e apurar o mecanismo da mente, a fim de não deixar as mensagens sem sentido. Os espíritos suspendem o fluxo das idéias que lhe transmitiam pelo cérebro perispiritual, obrigando assim o médium a unir os elos vazios da comunicação, sob o controle e supervisão das entidades, demostrando assim até que ponto é capaz de expor a mensagem espiritual sem distorcê-la ou fragmentá-la na sua essência.

Embora esse inopinado recurso do guia constranja e atemoriza o médium, pouco a pouco adquire ele o treino preciso para prelecionar de “improviso” e compensar o vazio das idéias que compõem a sua comunicação mediúnica, não demorando a ser elemento útil e capaz de atender, a qualquer momento, à necessidade de orientar e servir ao próximo.

O médium fica entregue provisoriamente a si mesmo e sem poder fugir ao impulso da comunicação mediúnica.

  • Conclusão

Esse “problema” é feito deliberadamente pela entidade que confia na sabedoria, no caráter e na moral do médium a ponto de deixá-lo interferir na comunicação. Devemos lembrar que se fosse da vontade deles, eles simplesmente tirariam toda a nossa consciência e atuariam sozinhos, mas com isso, os médiums não teriam como aproveitar as mensagens e conceitos transmitidos pelas entidades para seu próprio conhecimento e elevação.

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